PERU-TREKKING SEM FIM.


Amigos vou relatar um pouco do que passamos na tentativa de chegar a Machu Picchu e Arequipa, saímos de Manaus com destino a Rio branco/Acre, chegando no Aeroporto seguimos direto para a Rodoviária, pois o tempo era curto.


Foi a nossa primeira noite, montamos o acampamento, preparamos a janta.



Pela manhã após um bom exercício e iríamos precisar muito esta em forma, seguimos de ônibus de Rio Branco/Assis Brasil (fronteira com Inapari no Peru)





Na hora de carimbar o passaporte o semblante do nosso amigo Estevão parecia adivinhar o que seria os 225 km até Porto Maldanato.
Encontramos na fronteira este casal de motociclistas, que relato esta  havendo alguns conflitos no caminho, porém como estávamos caminhando não teríamos problemas.
Começamos o Trekking e logo deparamos coma as primeiras barricadas, paus, pedra e pneus, seguimos em frente em meio a olhares críticos e palavras de austeridade.
A nossa chegada a São Pedro um pequeno povoado já deu pra ter noção que a coisa era seria e que não tinhamos mais como voltar.


 Aqui um momento tenso, estava tudo fechado  paramos em um  comercio que estava aberto para comer alguma coisa, pois tinha sido um dia difícil e tenso, a ordem era que não podia vender nada, foi quando vimos uma multidão na porta do estabelecimento querendo invadir e quebra.

Um dialogo entre a dona do estabelecimento e o povo acalmou os ânimos e seguimos caminho.
Aqui tivemos uma noção do que estava acontecendo e que não tinha como voltar, a opção não só pra nos como pra varias pessoas que se encontravam neste local era seguir em um comboio que sairia a meia noite pra tentar furar as barreiras até Puerto Maldonado.
Já havia relatos de conflitos com a policia e mortes. Saímos Meia Noite em quatro mini- ônibus lotados.

Em determinado momento na estrada fomos emboscados, os ônibus pararam e colocaram paus e pneus na estrada e atearam fogo com gasolina, e mandaram que todos descessem e seguissem caminhado.








A solidariedade fez a diferença, caminhamos de meia noite até amanhecer.
Foi uma noite tensa, tivemos que dividir a comida, os remédios e carregar as malas e mochidas, os manifestantes não respeitaram nem os idosos e as crianças, não entendi que manifestação  é esta que eles quebram e batem no próprio povo.
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Foram dois dias e duas noites de caminhada, passamos o terror, foram uma dez barricadas, tendo que se humilhar, andar descalço, ser hostilizado e ameaçados de morte.
Só queriamos chegar em  Puerto Maldonado. pegar um anibus e seguir para Cusco.






Nossa chegada em Porto Maldanato foi de terror, estava tudo fechado, não tinha comida, agua e até a Rodiviaria tinha sido fechada, so nos restou o aeroporto, conseguimos compras as passagens para Cusco o triplo do valor e quando saimos os manifestantes estavan se dirigindo parao a aeroporto.

Em Cusco, entramos em contato com nossos familiares em Manaus, para que fosse enviado dinheiro, pois estávamos sem,  fomos extorquidos e roubados.
Sem dinheiro e sem condições psicológicas e sem tempo, como nao tinha como voltar, seguimos para Arequipa.

Em Arequipa uma das metas deste Trekking, o vulçao Misti, que não conseguimos fazer sua ascensão (Vou Voltar).
De Arequipa para Copacaba e Lá Paz 12 horas de Ônibus.

De Lá Paz seguimos de Ônibus, dois dias, (detalhe o Ônibus não tem banheiro) rumo a Rio Branco, em um local chamado trevo optamos por  mudar os planos e entra no Brasil por Porto velho.

De voadeira para o lado Brasileiro, de lá um táxi e mais 300km até o aeroporto, onde termina a saga de 9 dias, uma aventura que vai ficar marcada para sempre onde Terremoto foi o de menos.
Fica a minha admiração e respeito pelos meus amigos Estevão e Saulo, que nesta primeira aventura conseguiram se superar e acima de tudo ser solidários nos  momentos que estavamos ferrados.
DEUS obrigado por esta ao nosso lado naqueles momentos, de agonia, desespero e falta de fé. 

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