TRIBOS DO DESERTO DO SAARA/TUNISIA.



                                                  Partindo de DOUZ que é a porta de entrada do Deserto do Saara (TUNISIA), no caminho dos povoados de KSAR GRILANE, ZEMLA BRISSA, GOUR KLEB, TAMBAINE, JABIL, TOVAL REBAIA e DEHIBA, devo conviver com algumas tribos, estou levando suvenir, como sandalias, figurinhas dos jogadores do Brasil, camisas da seleção brasileira, espero que minha caminhada seja tranquila e que estas lembranças possam de alguma maneira facilitar está aventura.
                                                 Conhecidos desde a Antiguidade, os BERBERES são povos naturais da região  do norte da África. Não fosse por eles, as rotas comerciais da África  com o Oriente Médio e até mesmo com a Europa demorariam séculos para tornar-se realidade. Bérberes, é como são denominados povos nômades originários do deserto do Saara.
                                                  Inicialmente os berberes viviam em tribos esparsas que cobriam uma boa parte do deserto do Saara, principalmente na região onde hoje temos a Mauritânia, o Marrocos, a Argélia, o Mali, a Líbia e até mesmo a Tunísia – região que nós costumamos chamar de “Magreb”.
                                                 Como nômades, ao longo do tempo eles desenvolveram a capacidade de viver e cobrir grandes distâncias de deslocamento no deserto, acostumando-se às limitações físicas e climáticas que só um deserto pode impor a quem o desafia.
                                                 Pode-se dizer que a característica mais comum ao povo berbere é justamente a adoração ao islã.
                                                 Normalmente os berberes são classificados de acordo com os dialetos específicos de cada grupo, que também costumam ocupar uma região de forma esparsa ou não. Os três principais grupos berberes – que são também grupos lingüísticos – são os tuaregues, os tamazights e os chleuhs. Temos também os chamados berberes dos oásis, os chaouias, os rifains e os kabyles.
                                                    





 As CASAS TROGLODITAS típicas da aldeia são construídas escavando uma uma caverna numa encosta ou uma grande cova circular ou poço, no solo.
                                                        Neste último caso, são escavadas salas em volta do perímetros inferior do poço. Algumas das casas maiores têm vários covas, ligadas por uma espécie de trincheiras, facilitando a circulação do vento.

                                                      Os TUAREGUE são um grupo étnico da região do Sahara que falam uma língua berber. Eles chamam-se a si próprios Kel Tamasheq ou Kel Tamajaq ("falantes de Tamasheq"), e também Imouhar, Imuhagh, ou Imashaghen "os livres".

                                                      A palavra árabe "Tuareg" significa "abandonados pelos deuses". Talvez por isso prefiram chamar a si mesmos por Imouhar(en), Imashagen (Os Livres) ou Kel Tamasheq - os que falam Tamasheq - e se identificamn como Tamust - a Nação.

                                                      Pode derivar de "Targa", que é uma cidade no sul da Líbia, numa região chamada "Fezzan". A região que aparentemente sempre viveram é no noroeste africano, principalmente no deserto do Saara, do sul da Argélia ao norte de Mali no lado leste da Nigéria. Podem ser encontrados, todavia, em praticamente todas as partes do deserto (TUNISIA). A lígua Tamasheq é o principal elo que os caracteriza como povo em comum, mais do que a raça ou linhagem genética. Provavelmente têm parentesco com egípcios e Marroquinos, com quem compartilham trechos culturais e a religião Muçulmana. Mas não são árabes, são "Berberes" e usam esse alfabeto.

                                                      Usam a linhagem materna embora não sejam matriarcais. As mulheres não sofrem dos rigores do islamismo, não usam os véus e podem até solicitar o divórcio. São os homens que não dispensam um véu azul índigo característico, o Tagelmust, que usam mesmo entre os familiares. Dizem que os protege dos maus espíritos, e tem a função prática de proteger contra a inclemência do sol do deserto e das rajadas de areia durante suas viagens em caravana. Usam como um turbante que cobre também todo o rosto, exceto os olhos.
                                     


   A pátria tradicional dos BEDUINOS é o deserto árabe, (TUNISIA) porém, alguns grupos de beduínos migraram para a região norte do Deserto do Negev. A Jordânia foi uma das primeiras terras a ser habitada pelos beduínos, e hoje, aproximadamente 326.000 beduínos ainda vivem lá e criam principalmente ovelhas e cabras.


                                          Uma classe é conhecida como o "verdadeiro" beduíno, e vivem como pastores nômades. O outro grupo abraçou a agricultura e ficaram conhecidos como os fellahin (agricultores árabes). Os fellahin conduzem uma vida mais fixa na extremidade do deserto. Em contraste, os "verdadeiros" beduínos ficaram conhecido como assaltantes de qualquer caravana que cruza os caminhos deles enquanto viajam pelos desertos estéreis. Eles percorrem o deserto durante a estação chuvosa do inverno e voltam para a extremidade do deserto durante os verões quentes e secos. Eles falam Badawi, ou como é chamado mais comumente, árabe beduíno.


                                           O árabe beduíno tem uma existência relativamente severa. Os nômades não têm casa permanente, mas vivem em barracas portáteis pretas, feitas de tecidas de cabelo de cabra. As barracas são divididas por uma partição decorativa chamada Gata. A metade da barraca é para as mulheres, crianças, utensílios de cozinha e armazenamento. O outro meio contém uma lareira e é usado como sala de estar. As mulheres fazem a maioria do trabalho, enquanto os homens socializam e fazem planos para o grupo.
                                           A cultura material do beduíno é limitada. As barracas são as suas principais possessões e os animais são muito importantes para o estilo de vida nômade. Os camelos são o principal meio de transporte, enquanto as ovelhas e cabras são mercadorias de compra e venda.
                                           Os derivados do leite são a principal fonte alimentação para os beduínos. Eles fazem iogurte e manteiga do leite dos camelos e cabras. Comem basicamente uma tigela de leite, iogurte e arroz. São servidos os típicos pães redondos sem fermento, quando disponível. Quando são achadas em algum oásis, eles também comem tâmaras como sobremesa. Só é servida carne em ocasiões especiais como banquetes de matrimônio, eventos cerimoniais, ou quando os convidados estão presentes.
Para suportar o calor extremo do deserto, o beduíno usa roupas leves e de cores claras, e muito soltas, para permitir a circulação de ar.
                                           Embora os beduínos considerem desagradável ter de fazer trabalhos manuais, isto tem mudado mais recentemente. Devido às necessidades de melhores condições de saúde e dinheiro, alguns tem aceitado trabalhos assalariado. Porém, a maioria deles ainda menospreza este tipo de trabalho.


                                           O Islã influenciou as vidas do beduíno grandemente . Por exemplo, para preservar seu povo, o beduíno só pode casar com pessoas da mesma tribo. Eles têm uma sociedade patriarcal e a herança é passada para os filhos do sexo masculino.

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